Críticas

Crítica | O Telefone Preto (2022)

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Com atuações brilhantes e legítimas, O Telefone Preto é baseada no livro homônimo de autoria de Joe Hill.

O Telefone Preto é um filme com atmosfera sombria e nostálgica, ambientado nos anos 70. A trama aborda a violência em diferentes perspectivas, assim como traz temas como a amizade, a fé, a perseverança e dons sobrenaturais.

O título é baseado em um dos contos de terror do escritor Joe Hill, filho dos também escritores de terror Stephen e Tabitha King, com roteiro e direção de Scott Derrickson & C. Robert Cargill, de Doutor Estranho.

Apostando em elementos clássicos de terror, O Telefone Preto traz consigo nuances e muitas semelhanças com os filmes It – A Coisa e A Entidade, trazendo à cena um assassino sádico que brinca com o medo das crianças antes de usar a violência física, além de trazer o sobrenatural como uma das formas de fazer justiça.

Personagens de O Telefone Preto

O jovem Finney Shaw e sua irmã, Gwen

O jovem Finney Shaw e sua irmã, Gwen, de O Telefone Preto

A trama gira em torno de Finney Shaw (Mason Thames), um garoto introvertido e inteligente que traz ao espectador o drama de uma criança que, além de sofrer bullying na escola, convive com um pai abusivo e precisa lidar com a ausência da mãe, personagem responsável por introduzir o sobrenatural no contexto do filme.

Para lidar com tudo isso, Finney conta com sua carismática irmã, Gwen, brilhantemente interpretada pela jovem Madeleine McGraw, que se mostrou completamente capaz de incorporar a personalidade de uma garota de espírito livre e muita atitude.

O vilão é o sádico Sequestrador, um serial killer e mágico amador que espalha terror na comunidade raptando jovens rapazes misteriosamente. O personagem, vivido por Ethan Hawke, se mostra muito bem desenvolvido não por informações fornecidas voluntariamente, mas por sentimentos expressados através de máscaras que parecem mudar conforme seu humor, trazendo um elemento clássico do terror psicológico.

Enredo

O sádico assassino chamado de O Sequestrador

O sádico assassino chamado de O Sequestrador

Ambientado em uma pequena cidade suburbana do Colorado, em 1978, a história mostra uma comunidade simples e tradicional. Logo na primeira cena somos apresentados ao jovem Finney Shaw, um arremessador do time de beisebol que tem como adversário o promissor batedor Bruce Yamada.

Após o fim do jogo, com a vitória do time de Bruce, o rapaz se dirige à Finney o parabenizando pelo seu desempenho pronunciando uma das frases que acabam se tornando elementos de peso no clímax do filme, o que se mostra uma estratégia, de longe, muito interessante e eficaz para impedir que a trama se encerre deixando pontas soltas e uma sensação de “mas isso não fez sentido“.

Além disso, é agradável entender toda a importância imposta sobre o telefone preto e o contexto sobrenatural empregado neste objeto, que apesar de simples, proporciona as peças-chaves para desvendar os enigmas do roteiro e desenrolar os problemas que recaem sobre o protagonista.

Final esperado, mas bem construído

Mason Thames interpreta o jovem Finney Shaw

Mason Thames interpreta o jovem Finney Shaw

Ao longo do filme, todos os pontos são construídos para moldar o ápice da trama, nas cenas finais. Desde as características dos personagens até frases ditas durante as cenas, tudo vai cuidadosamente se alinhando para, finalmente, enlaçarem a redenção de Finney.

Com poucas cenas de violência explícita, O Telefone Preto mostra mais das emoções e sentimentos do que atos em si. Ao longo da trama, podemos acompanhar as emoções brilhantemente interpretadas pelos personagens de Mason e Madeleine, além da atuação intensa de Hawke, resultando num final de certa forma esperado, mas que gera uma satisfação justificada pelo emocionante quebra-cabeças montado no transcorrer da produção.

Info: IMDb – O Telefone Preto

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[Total: 1 Média: 5]
Higor Mendes
Redator com mais de cinco anos de experiência, apaixonado por história, filmes, séries, jogos e curiosidades em geral.

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