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Conheça alguns dos melhores filmes sobre o Fim do Mundo da Netflix até a Star+
A sétima arte adora destruir o planeta, ou ao menos tentar fazê-lo, das mais diversas formas. E como não podia deixar de ser, resolvemos fazer uma lista sobre o tema e elencar algumas produções que ou trataram de mostrar uma Terra condenada ou devastada, ou chegaram próximas da destruição da vida humana: são os filmes sobre fim do mundo.
Confira as dez indicações dos melhores filmes do fim do mundo:
ARMAGEDDON
Nada melhor que começar essa lista dos filmes sobre fim do mundo com o maior destruidor do planeta Terra, sir Michael Bay, eternamente lembrado e homenageado aqui no Zona Crítica, e se ele já destrói tudo por aí, em Armageddon, um de seus filmes mais divertidos, ele escracha geral com o mundo e com a cidade de Nova Iorque, culminando em um ápice que ocorre em plena superfície de um asteroide, com astronautas surtados montando em ogivas nucleares.
Um espetáculo que continua atualíssimo e que basta você por seus óculos escuros por dentro do capacete espacial para apreciar na primeira fila a destruição da humanidade.
Disponível na Star +
WALL-E
Começando pelo filme ganhador de oscar, Wall-E, na verdade, é uma linhagem de robôs que junta o lixo que ocupou a superfície da Terra, numa tarefa que levará toda a eternidade e sem a menor praticidade, já que, como o planeta ficou inabitável, toda a população humana mora numa estação espacial a anos-luz de sua antiga morada. Lá, as pessoas realizam o mínimo de esforço físico, indo da cama para o banheiro, cozinha, trabalho, etc., em plataformas flutuantes equipadas com telas holográficas onde veem televisão 24 horas por dia e não tem o menor conhecimento do seu planeta natal. Excelente crítica aos nossos costumes.
Disponível na Disney +
A OUTRA TERRA
Nunca o silogismo completamente clichê “o fim é só o começo” mostrou-se tão adequado quanto inserido como metáfora da obra do diretor Mike Cahill.
Pensar no fim como uma extensão que nos leva a nós mesmos, a um conhecimento profundo sobre nossos atos, a uma completa verificação do nosso auto-ser, sem que sejamos nós mesmos e sim um “eu” desconhecido, é chegarmos a um pensamento profundo do apocalipse da verdade adquirida, o fim do que tomamos como certo ou errado.
Em A Outra Terra, o poético realista e o filosófico encontram, na beleza do azulado visagismo do próprio Mike Cahill, que fotografa o filme, a melancólica sensação da lenta e gradativa perda de significado no tempo e no espaço, passado e presente, apontando para um futuro desconhecido que o que de mais fantástico nos reserva é um dialogismo com nós mesmos. Será que somente com o fim do mundo, assim como o conhecemos, somos capazes de ouvir a nossa própria voz em meio ao caos?
Disponível na Star +
SUNSHINE – ALERTA SOLAR
Com a Terra prestes a ser destruída por uma explosão iminente do astro-mor do nosso sistema solar, o Sol, Danny Boyle compõe um de seus filmes mais brilhantes e uma fantástica ficção científica que não só varre nossa galáxia, como o íntimo de cada ser humano presente na missão e que representa a própria humanidade em suas distopias mesmo diante da destruição e aniquilação certas. Pouco conhecido e quase sempre subestimado, Sunshine é um filme que precisa ser descoberto.
Disponível na Star +
MELANCOLIA
Depois da polêmica incursão no gênero terror com Anticristo, Von Trier adentrou na catástrofe anunciada por profetas e cientistas de todo mundo com Melancolia.
Sua narrativa rica em simbolismos e ritos de passagem incomoda e extasia seu público por fazê-lo experienciar um Apocalipse ainda mais tenebroso do que aquele revelado nas profecias do apóstolo: dentro de nós mesmos, vivemos um intenso esvaziamento que tentamos curar com as mais diversas soluções. Contudo, este somente será suprido quando retornarmos para dentro da terra que nos expeliu para uma existência errante e distópica aliviada somente pelo contato com aqueles que nos oferecem certa esperança na humanidade.
Depois da destruição que vivenciamos na sala de cinema com a trilha sonora nos últimos decibéis, só nos restava olhar nos olhos do amigo ao lado e agradecer por compartilhar aquele momento.
O ABRIGO
Assim que terminei de assistir O Abrigo, perguntei porque havia ouvido falar tão pouco daquela pequena obra-prima. O filme é o segundo do jovem diretor Jeff Nichols e novamente contando com o bom ator Michael Shannon como protagonista. Aqui Shannon interpreta Curtis, homem simples, pai de família, que começa a ter estranhos sonhos, presságios, que apontam a um provável fim do mundo.
O trunfo da obra é a cadência ditada por Jeff, tanto na caraterização quanto na evolução de seus personagens, até a chegada ao fim surpreendente e arrebatador. Sem lançar mão de flashbacks ou artifícios rasteiros, se mal empregados, de montagem, O Abrigo nos envolve em uma cápsula de dúvidas e mistérios, cheia de emoções em radiação, tensão pujante e um breve, mas profundo estudo do protagonista, evocando elementos de seu passado e fazendo-os concatenarem-se perfeitamente com o presente.
Tudo isso com uma fotografia que evoca elementos campestres, mas com ar de certa opacidade, nunca nos entregando o que é real, ou o que não, do que vemos ou não vemos, até o último segundo de filme. Aliás, os últimos frames de O Abrigo, junto com os últimos de Melancolia, estão no topo da minha lista dos melhores finais…
Disponível na HBO MAX.
A ESTRADA
Outro filme subestimadíssimo e pouco assistido é este A Estrada, com Viggo Mortensen vivendo um pai de família abandonado pela esposa e tendo que criar seu filho em um mundo pós-apocalíptico.
Passando por desafios simplórios que hoje parecem ainda distantes, como fome e sede, ou por caçadas impiedosas a seres humanos, o ator constrói mais um excelente papel tristonho e vigoroso que acabou perfilando sua carreira, e tal qual o personagem, estrela esta pequena obra-prima que se encerra com um gosto pungente, tal cinzento e amargo quanto a sua fotografia, pois revela do que realmente somos capazes em um mundo sei leis ou governos.
Disponível na HBO MAX.
O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 – O JULGAMENTO FINAL
Como fizemos alguns leitores surtarem com a nossa lista de ficções científicas e não citamos o filme acima, agora fazemos questão de falar do Apocalipse imaginado por James Cameron, em que as máquinas tomam conta do planeta Terra.
Apenas um homem conseguirá salvar a raça humana: John Connor, papel defendido por um talentoso Edward Furlong, que recebe o brucutu metálico vivido por Schwarzie, que viajou no tempo para impedir que o T-1000 o matasse. Muita loucura? Não. Somente um dos melhores sci-fi de todos os tempos, assim como um excelente filme de fim do mundo.
Disponível na Netflix e Apple TV.
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DEIXADOS PARA TRÁS
Quando o tema Fim do Mundo nos vem à cabeça, é fato que a maioria de nós tenta fugir da espetaculóide história contada por João, no Livro das Revelações, na bíblia cristã, conhecido apenas como Apocalipse. Mas, e se? Rolland Emmerich já conseguiu acabar com o mundo de todas as formas inimagináveis. Lenda Maia, alienígenas, catástrofes naturais.
Sempre fazendo uma porção de gente sair do cinema cheia de – dor de cabeça – questionamentos acerca do “e se”. E se os Maias estiverem certos mesmo? E se os alienígenas existirem e estiverem nos observando para nos aniquilarem? E se o mundo não aguentar mais e se auto-destruir? Deixados para Trás leva à tona a pergunta: e se os cristãos estavam certos o tempo todo e o apocalipse é como está na bíblia? Medrosos, para não chocar o público-alvo, e sem grana, porém, os produtores da franquia não conseguiram emplacar, pelo menos ainda, as melhores partes do apocalipse bíblico.
Rodados em pequenos estúdios e distribuídos para o Brasil pela Flashstar, os dois primeiros filmes foram sucessos megalomaníacos. Pastores aconselharam os seus rebanhos a assistirem e saírem da frente da tela orgulhosos da resistência cristã à toda opressão do anticristo.
O terceiro filme já foi produzido e distribuído pela Sony. Resultado? Menor público. Sabe-se lá por quê. A promessa é de mais duas produções. Estes vão mostrar arquetípicos personagens como o dragão das sete cabeças, os cavaleiros do apocalipse, o julgamento final e outras coisinhas sensacionais. Deixados para Trás. Você não assistiu, mas as suas sobrinhas assistiram e gostaram muito. Amém!
Disponível na Looke
O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS
Talvez este seja o único filme da lista em que o mundo efetivamente acabe, já que como dizia Ian Malcom no livro de Michael Crichton, O Parque dos Dinossauros, temos uma tendência absurda a nos acharmos o umbigo do mundo, e que se nós “acabarmos”, ele acaba também, quando na verdade o mundo existiu e poderá existir bastante tempo sem nossa ínfima presença.
Mas digressões à parte, o que interessa é que em O Guia do Mochileiro das Galáxias a Terra realmente é explodida e deixa de existir, assim como o Império fez com Alderan em Star Wars. Mas no lugar de Darth Vader temos Vorgons, toalhas, um guia eletrônico e um androide paranoide com um cérebro do tamanho de um planeta. Será este o futuro reservado para nós após o fim de todas as coisas?
Disponível na Google Play
Quais outros filmes sobre o fim do mundo você prefere, leitor? Deixe aí nos comentários antes que tudo se exploda.
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